sábado, 14 de dezembro de 2013

Meu primeiro Podcast

Quando tinha 15 anos comecei com o Nkruman Santos (NK) um programa na LAC chamado "A Era do Hip Hop". Foi a minha primeira aventura na rádio e adorei.

Uns anos mais tarde fui viver para a tuga e lá fiz uma perninha no programa lendário do José Mariño, o Repto.

Desde então, o mais próximo que estive de divulgar músicas alheias foi com este blog, mas o bichinho da divulgação dos tesouros escondidos continua a viver em mim. Não sei se o tempo me permitirá fazer muitos mais, mas para já está aí esse.

Críticas são bem-vindas, elogios dispensam-se :)

sábado, 7 de dezembro de 2013

Madiba para sempre

Não há palavras possíveis para exprimir o sentimento de perda que me consome desde ontem à noite. Há já alguns anos que me preparava para o inevitável e se hoje choro a partida deste mundo material, me alegro ao mesmo tempo, pois a sua missão por cá estava mais que completa, fisicamente debilitado, já me parecia mais estar a sofrer do que a querer agarrar-se à réstia de vida que queríamos a todo o custo acreditar que ainda conseguíamos ler-lhe nos olhos. Dedicou-se tão abnegadamente aos outros que ter-se-á esquecido de si e dos seus.

Daí restar-me essa alegria: a da cega certeza que o seu legado será a partir de hoje muito mais celebrado e inspirador para as gerações vindouras.

Agora sim, Madiba está livre! Amandla Rolihlahla, Amandla!






domingo, 1 de dezembro de 2013

Relíquia: Onjango - Identidade Elaborada

Este post vem a pedido do irmão Cabuenha e já lho estou a dever há alguns meses. É um mano por quem tenho uma estima muito grande e que me tem dado a conhecer coisas interessantíssimas, algumas delas já partilhadas aqui e outras, de maneira criminosa da minha parte, ainda por partilhar (o último do Paulo Flores e outro do mesmo artista em que ele tem versões "acústicas"/unplugged de temas já conhecidos e que ele fez para uma instituição de caridade).

Para mim uma compilação clássica que encapsula, mais do que a tenacidade do DIY (faz o tô mambu, caga na ajuda) de juntar um grupo de amigos talentosos, uns escrevendo rimas, outros desenhando capas, outros oferecendo-se para imprimir, de gravar em CD-r no próprio computador, o espírito revivencialista de uma geração de jovens rappers na diáspora que usaram a música como ferramenta para se sentirem mais próximos de casa, para afirmar orgulhosamente uma identidade, criar uma identidade própria para o seu hip hop. Justiça seja feita ao Conductor que terá sido, para mim, o produtor por excelência no emprego de sonoridades angolanas e africanas nos seus instrumentais, conferindo a esse hip hop características únicas e distintas daquela mais homogénea e americanizada.

Vou aproveitar que estou nesta senda e homenagear simultaneamente um site que, sendo o site de um grupo, foi pioneiro na divulgação no hip hop feito em Angola e por angolanos, remetendo-se a si próprios a uma posição mais secundária de uma maneira muito altruísta e isto, claro está, antes da proliferação dos muitos blogs dedicados ao hip hop angolano/luso que temos hoje no ciberespaço. Trata-se do site dos "Provisórios" e a homenagem será feita copiando o texto que eles publicaram, escrito pelo Conductor e pelo então Revolucionário, hoje Keita Mayanda, para contextualizar o disco:

"Ya, essa é uma daquelas dicas que merece ser divulgada.

Um grupo de 8 MC's e uma cantora de soul, com "as mentes numa só direcção"  que se denominam Onjango, estão a preparar um trabalho com o título Identidade Elaborada. Foi-nos enviado um pequeno texto descrevendo o preojecto.

Onjango: Identidade Elaborada

A palavra Onjango pertence ao vocabulario de duas linguas angolanas, o Umbundu e o Kimbundu, que são linguas aparentadas, ela significa entre outras coisas o local de reunião, o local de reunião, o local de serão, onde se debate, se aprende e se ensina.

Antes de começarmos o dito projecto já possuiamos um local de encontro onde era comum debatermos, lermos e ouvirmos música, por isso quando iniciamos o projecto pensamos honrar o lugar que sempre nós serviu de abrigo, a casa do Conductor, o nosso Onjango onde as ideias todas do projecto foram elaboradas, apresentadas e executadas.

Identidade Elaborada é o nome da compilação, baseado nas ideias de nossa busca pelas nossas raizes e da tentativa de na diáspora recriarmos a nossa identidade, então este album é uma busca de quem somos? de onde viemos? e do que queremos? Elaboramos uma identidade pra nós, baseada na premissa de que somos "emigrantes africanos".

O album reflete a universalidade do que é ser africano, dentro e fora de Africa, a sua historia, os seus valores, o seu contributo pra evolução da humanidade, os problemas da juventude africana na diáspora, a problemática da identidade cultural, as necessidades de afirmação da nossa africanidade, direitos das minorías étnicas emigrantes na Europo e de um modo geral o que é ser emigrante africano em Portugal.

O album conta com a interpretações individuais e em grupos com 8 mc's e uma cantora de soul. Como podem verificar na lista a seguir:

(Lista omitida por ter sido alterada no projeto final)

Não existe ainda uma data prevista para o lançamento, ou possivel apresentação, da compilação estando tudo dependente de questões de ordem técnica e financeira.

05/07/2002
António Fernandes
Andro Del Pozo "

Entretanto o rapper PM foi coado do projeto e a lista e ordem de temas ligeiramente alterada pelo que omitimos do texto original. Na contra-capa do disco tem uma reprodução deste texto com uma conclusão com piada piada (outros não lhe reconhecerão essa qualidade) pois revela uma certa atitude de "se gostares está bom, se não gostares não chateia" que eu particularmente aprecio.

01. Introdução
02. Abdelkar - Abre os Olhos
03. Verídiko - Quem Somos Nós?
04. Conductor, Revolucionário, DonVito - Despertar Lisboa
05. Poeta de Rua - Raízes de África
06. Nkwa Kobanza com Beto Stone - Ya Mwiji Wami
07. DonVito, Poeta de Rua & Abdelkar - Se eu Fosse
08. Revolucionário com Nyashia & Beto Stone - Patriota, Revolucionário e Africanista
09. DonVito - Carta ao amigo
10. Conductor - Ser Inserido
11. Nkwa Kobanza & Verídiko - Kuando Xeguei à Tuga...
12. Nyashia - Semente da Vida
13. Nkwa Kobanza, Abdelkar, O Revolucionário & Conductor - Planeta África.
14. Retirada

Catem o mambo aqui

sábado, 30 de novembro de 2013

Afroman, um corajoso entre os comerciais


 Há uns meses e no decurso de uma entrevista via skype com uma rapariga que está a fazer um estudo antropológico sobre o hip hop consciente em Angola, me foi dada a conhecer esta música do Yannick/Afroman, que lhe terá causado uma impressão negativa acerca do artista. Eu vou tentar resumir a complexidade de sentimentos que suscitou em mim a letra desta música:

Em primeiro lugar, não sei se foi consciente ou não, mas achei de uma extrema CORAGEM o Yannick ter abordado um tema que se faz tabú, que se escamoteia, que se finge não existir e que provoca logo reações de reprovação quando alguém se "aventura" neste domínio. Sobretudo quando é feito como ele fez, sem floreados, sem perfumes poetizados, mas direto ao assunto, cru, preto no branco.

Lembremo-nos que o Yannick já conquistou o seu "lugar ao Sol" e podia muito bem ter-se acomodado à sua fórmula humorística de tratar a triste condição do povo angolano, mas não, escolheu sair da sua zona de conforto e comprometer a sua permanência no top dos mais queridos da rádio e televisão que, como bem sabemos, carece de "trabalhos de manutenção", com afagamento de egos, bajulação e um comportamento sem máculas.

Pessoalmente não concordo com muitas das coisas que ele diz que me parecem ter sido analisadas com superficialidade e leviendade não muito convenientes em assuntos de tamanha delicadeza e que podem inclusivamente apelar à instintos primários normalmente perigosos. Há muitas conclusões que o Yannick tira criando generalizações de casos excecionais, distanciando-se da análise factual e baseando-se mais nas suas observações pessoais, elas próprias influenciadas por um preconceito que também carrega em si, apesar de anunciar que o dele não é nada mais do que "realismo".

Dito isto, as generalizações são abusos de linguagem aos quais todo o ser humano neste mundo se entrega frequentemente, pelo que não posso de forma nenhuma atirar a primeira pedra.

Certamente muita gente subscreve TOTALMENTE as palavras do Yannick e isso é um poder que os artistas têm, de preencher com palavras sentimentos que muita gente partilha, o que lhes confere a importância social que manifestamente têm, outros reprovarão veementemente a postura do Yannick por ter sequer cometido a heresia de verbalizar esta letra, mas eu estou numa zona mais cinzenta, porque não vejo aqui nem só verdades, nem só extremismos e, não concordando com muitas das conclusões a que chega, percebo perfeitamente como se pode chegar a elas. Há factos que ele cita que são inaceitáveis num país como o nosso mas que são reais: o facto por exemplo de haver ou ter havido a determinada altura (até há muito poucos anos atrás os relatos deste absurdo eram frequentíssimos) certos pubs/discotecas onde os pretos, por mais bem apresentados que estejam, têm uma probabilidade desproporcional de ser barrados à porta é particularmente escandalosa e reveladora desse mal-estar e, mais flagrantemente ainda, quando estes pretos se fazem acompanhar de amigos brancos e/ou mulatos que os porteiros sem noção aceitam fazer entrar sem problemas com um "tu podes, mas tu não". Toda a gente sabe que uma empresa com expatriados é uma empresa com capacidade de pagar salários astronómicos e daí a observação inicial ser justa, apesar de chocante na forma como se coloca como uma mera questão cromática desconsiderando a natureza das ditas empresas e o seu capital social.

O tema é extremamente pertinente e é de lamentar que os promotores da intelectualidade na sociedade continuem a escamotear este assunto como se racismo não existisse em Angola. Temos de ser maduros o suficiente para abordar o tema sem complexos, de uma maneira massiva e transversal a todos os setores da sociedade, desde a escola até à comunicação social, promover palestras e debates, para aprofundar as nossas perceções superficiais de um fenómeno que é extremamente complexo e com origens ancestrais.

É lamentável que um artista tenha de fazer uma música destas, mas não pela música que podia ser apenas uma máscara para o seu próprio preconceito, e sim pela existência de razões concretas que a justifiquem.


sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Momento Ant3na #7: Expensive Soul

É lamechas, é comercial, mas está muito bem feito, está bonito e até o Demo QUASE que conseguiu soar bem com as suas rimas da pré-cabunga. Menos 10 segundos e safava-se!


sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Momento Ant3na #6: Márcia

Bonita voz, boa vibe da moça. Curti bwé este balanço.


Momento Ant3na #5: JP Simões

Um ode à embriaguez, bem engraçado do novo disco do JP Simões, Roma. O rapaz é original e está a dar o que falar, só ainda não consegui entender porquê que todos os locutores da Ant3na leem o nome dele GP Simões (Gê Pê Simões) quando o nome se escreve JOTA PÊ!!! Ainda se o "J" se lê-se "gê" numa língua qualquer era um mambo, agora... fica só assim no barulho e ninguém lhes corrige?

Curtindo o balanço:


quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Momento Ant3na #4: Orelha Negra

Custa-me crer que nunca tenha partilhado nada desta equipa de luxo pois são sem dúvida uma das bandas mais fortes que apareceu na tuga nos últimos anos e ainda por cima estão super dentro do meu universo, ao contrário das outras que tenho partilhado que descobri ouvindo a rádio e que tenho aprendido a apreciar (algumas delas MUITO). Quanto mais não seja pelas capas de disco incríveis que eles têm e que dão vontade de ser detentor de uma cópia original.

Este é o single do segundo álbum de originais dos Orelha Negra (Sam the Kid, Chico Rebelo, João Gomes, DJ Cruz e Fred), este com uma participação do Regula à altura do desafio com algumas linhas muito boas ("em homenagem à Amy, é só vinho em casa").


Momento Ant3na #3: Mundo Cão

Este tema está muito engraçado, uma letra arrebatadora de Valter Hugo Mãe, musicada de forma altamente adequada pela banda no que parece (intencionalmente) um balanço de um filme Western. O vídeo está simples mas sóbrio e tendo em conta as dificuldades dos artistas terem kumbú para grandes produções até está bem catita. A parte do fim onde fazem um "rap do Minho" está inusitada.

Engraçado que no vídeo "censurem" a parte da letra em que se diz "o bandido solitário só faz pausa para foder", pois passa na rádio sem cortes e a qualquer hora do dia.

Mais um grupo a meter na lista de observação para o futuro.


Momento Ant3na #2: Peixe Avião

Outro grande balanço que está a passar em alta rotação na Antena 3. Nunca tinha ouvido falar nos rapazes, mas deixaram-me boa impressão. O vídeo não faz jus ao som, mas melhor com ele do que sem ele :)


domingo, 27 de outubro de 2013

Momento Ant3na #1: Deolinda

Estou na tuga há uns meses e antes ouvia muito a Rádio Oxigénio, mas ultimamente tenho preferido manter-me em sintonia da Antena 3, apodada de "rádio jovem da RDP", onde já fui colaborador do programa lendário do José Mariño, agora o Diretor do canal: o Repto, programa de hip hop muito rijo.

A razão de me ter deixado ficar por ali foi sem dúvida a muito interessante nova geração de músicos portugueses a criarem universos sonoros múltiplos, modernos e muito ricos.

Decidi começar esta série com aquele que considero o mais interessante dos projetos, um grupo que concretiza de forma sublime a conversão de ritmos tradicionais e folclóricos portugueses em música contemporânea, divertida, cheia de cor e de atitude. Música inteligente e, interessantemente, de intervenção social.

Os elementos do grupo são da mesma família e sente-se imediatamente a cumplicidade.

Álbuns absolutamente recomendáveis mas, para já, partilho aqui um dos meus singles preferidos.


quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Dias de luta... LIBERTEM NITO ALVES!


Têm sido dias intensos. Nestes dias, certas músicas passam de "faz sentido" para autênticos mantras terapêuticos, ajudando-me a espiar a raiva e os sentimentos negativos que se apossam de mim e me  consomem.

Não são diatribes de jovens irresponsáveis e saudosistas da katota, mas gritos agoniados de quem (sobre)vive diariamente na periferia abandonada da cidade mais cara do mundo, escolhendo meter o pescoço na guilhotina ao invés de continuar coibir-se de deixar a língua traduzir o que o cérebro já pensou com medo da represália.

Estes rapazes, 3ª Divisão, são a reencarnação com upgrade dos Filhos da Ala Este: rimas pesadas e inteligentes, cadenciadas por cima de instrumentais adequadamente tenebrosos, trazendo a mensagem de um apocalipse à la mwangolê.

Gosto, muito!

NB: O rapaz na foto não faz parte deste grupo. Chama-se Manuel Baptista Chivonda Nito Alves, é menor (17 anos) e está detido há 13 dias em prisão solitária por ter mandado timbrar 20 t-shirts com a frase: "Quando a guerra é necessária e urgente para derrubar o ditador". Como podem 20 t-shirts ameaçar uma nação?




sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Goldfish - Get Busy Living

Sempre que me apanho num vôo da SA uma das coisas que mais me dá prazer é explorar as sugestões de música sul-africana que têm. Sendo certo que a maior parte dos discos é daquele seu gospel muito peculiar, é constante encontrar pelo menos uma ou duas pérolas para tirar notas e explorar noutra ocasião. Nada contra o gospel deles, muito bonito e sempre bem cantado, mas, para mim, infelizmente, algo monótono, sem novidade.

A última viagem que fiz introduziu-me ao mundo de Goldfish, uma banda de música eletrónica, com bastantes padrões de bateria que se aproximam muito do House, um estilo que geralmente me faz torcer o nariz, mas isto é OUTRA COISA! Mesmo!

Eu primeiro fiquei tipo: "mmmh, este é o som da sorte, de certeza que abriram com o som mais destacado para chamar a atenção, o disco não vai aguentar manter esta fasquia". Mas a medida que ia avançando fui me rendendo às evidências, abandonando o meu cepticismo e deixando-me seduzir pela pérola que este duo concebeu.

É música que nos anima, levitante, groovy, jazzy, tipo shots de energia e sem a xaxada repetitiva de loops manhosos. Este disco mostra que os manos são estudiosos de música pois parece uma encruzilhada de linhas de TGV de tantas influências diferentes que carimbam e enriquecem a sonoridade deste "Get Busy Living", sendo o jazz predominante com muitos sopros e pianos.

Passando pelo site oficial dos artistas percebo, entre outras coisas, que entretanto já lançaram um álbum novo, constato que ambos estudaram música, que foram introduzidos ao mundo da música profissional muito cedo (ambos com 6 anos de idade), que tocam pelo menos dois instrumentos cada e que fizeram parte de uma porrada de projetos musicais diferentes, o que explica a maturidade e sensibilidade na escolha dos instrumentos e vozes adequadas para cada tema,

Este projeto surge quando um deles (Dom) começou a sentir necessidade de recorrer à produção eletrónica para levar para os ensaios com a banda (Breakfast Included), pois não conseguia traduzir com palavras a música que o seu cérebro ouvia, o que frustrava a comunicação com o resto da turma. Eventualmente o Dave começou a embeiçar-se pelas "brincadeiras" demonstrativas do Dom e o resto é história.

O nome do grupo aparece quando Dave começa a gozar com Dom por causa das suas "habilidades" em memorizar pilhas de informação de dúbia relevância, mas esquecer-se permanentemente de tudo que requisitasse memória de curto prazo, por exemplo, onde tinha colocava as chaves do carro.

Pensei em citar as minhas músicas preferidas, mas sendo um disco curto (10 temas e um reprise com edição de rádio), tão diversificado e perfeccionista nos pormenores, pareceu-me mais fácil citar as que gosto menos, e aqui sublinho mesmo o gosto menos pois, podendo merecer-me um "skip", não desgosto DE TODO deles. Sem mais rodeios: Show you how e Humbug. Agora a parte interessante: se começarem justamente por esses temas, provavelmente irão pensar: "ISTO É O PIOR? XÊ TENHO DE CONSUMIR ESSE MAMBO JÁ!". Digam depois se concordam que tem aí uma mboa com um timbre que faz pensar bwé na Beth Gibbons.

É um disco extremamente agradável e suave ou, como diria um amigo, suável e agradave. Desliza nas calmas e consegue fazer a ponte entre aqueles que são mais exigentes (meu caso) com (alguns) daqueles que gostam de ritmos que associam habitualmente à discoteca, praticamente dispensando o botão "FFWD" do vosso aparelho. Extremamente viciante e a melhor descoberta de 2013 (thank you SA)!

Se não acreditam, experimentem.

01. Crunchy Joe
02. Get Busy Living
03. Show You How
04. Call me
05. Humbug
06. Brush Your Hair
07. We Come Together
08. In too Deep
09. My Rainbow
10. Big Band Wolf
11. Get Busy Living (Radio Edit)

E estes videos 8-bit são absolutamente FAN-TÁS-TI-COS!




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sábado, 17 de agosto de 2013

Dakhabrakha - Light

Este ano Batida atuou no FMM e antes de subirmos ao palco esteve o lendário Hermeto Pascoal que fez um show à altura da sua reputação até que, na hora de finalizar resolveu insultar o festival dizendo que (apesar de ser a segunda vez que lá ia) "este festival é uma MERDA!". No final, génios ou não, somos todos humanos, sujeitos à imbecilidade momentânea.

 Dito isto, não foi o Hermeto Pascoal que me inspirou este post, senão o grupo que atuou antes dele, um grupo Ukraniano com um nome super-difícil de memorizar: Dakhabrakha!

 Estavam a tocar no momento em que chegámos ao recinto e houve dois ou três momentos em que foi difícil, apesar do momento exigir concentração, não abanar o cocurutu enquanto pensava "o que é isto?".

Para começar, a dificuldade em identificar que tipo de sonoridade era aquela, a língua, a interação entre as vozes femininas e a única voz masculina do grupo, a maneira como se vestiam e se posicionavam no palco. Foi hipnotizante!

Dois dias depois, ao ler alguns artigos sobre o festival, apercebi-me que não tinha sido o único a ficar bem impressionado.

Muitos chegaram mesmo a classificá-los como "a revelação" do evento, coisa que eu não poderia atestar ou desmentir pois só lá estive nesse dia, mas não me surpreenderia nada se esse sentimento fosse comungado por boa parte dos festivaleiros.

Saquei três dos quatro álbuns do quarteto e vou aqui partilhar com a maralha o penúltimo: Light. Devo no entanto avisar-vos já que se querem apertar play nisto, deverão previamente deletar todo o preconceito, por mais residual que seja, alojado nos vossos nguimbos rijos, para permitirem que a vossa tela aceite cores que não existem na palette.

Permito-me colar aqui excertos da descrição usada no site do FMM para apresentá-los aos festivaleiros:
"As suas origens estão nas artes performativas (nasceram em 2004 no teatro Dakh de Kiev), mas buscam a sua essência no campo. Grande parte do seu repertório resulta de viagens às aldeias para gravar as canções tradicionais cantadas pelas avós que depois incorporam nas suas criações. O folclore ucraniano é a base, mas absorvem influências africanas, árabes, búlgaras, húngaras e também de rock, jazz e música clássica contemporânea."

Simplesmente soberbo!
01.Sukhiy Dub
02.Specially For You
03.Karpatskiy Rep
04.Zhaba
05.Tyolky
06.Kolyskova
07.Baby
08.Please Don't Cry
09.Buvayte Zdorovi

(ver ao menos até ao 2:09)

Catem o mambo aqui

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Hip Hop e a homofobia

Até onde me consigo lembrar e desde o momento em que me deixei seduzir por este estilo de música, os rappers sempre fizeram recurso à palavra "boiola" para insultar ou diminuir adversários/oponentes, o que criou uma atmosfera de homofobia no género, apesar de não ser nada tão violento como o reggae que praticamente advoga a "morte aos gays".

Era mais um "mijo territorial", a punchline fácil do que propriamente um ódio visceral aos homossexuais (ou bissexuais), ou pelo menos eu sempre o percebi assim. O facto é que, essa mensagem tornava absolutamente incompatível a assunção da opção (?) sexual do rapper sob pena de ostracismo, pelo que muitos eventualmente gays se juntavam ao coro para se manterem inseridos na matilha.

Lembro-me até de há uns anos atrás (fins dos 90, princípios dos 00) se ter instalado um grande "mito" à volta DO gay rapper, sendo que até artistas como Canibus fizeram alusão (It's Logic) nas suas letras e as especulações andaram em alta, chegando a citar-se o Erick Sermon como a cinderela a quem a carapuça servia, depois de um episódio em que o pobre coitado tentou suicidar-se.

Provavelmente haveria mais do que UM gay rapper, como provavelmente haverá hoje num universo de dezenas de milhar, mas só recentemente o tema da homossexualidade começou a ser abordado de maneira franca e aberta, por parte de artistas "high-profile", sobretudo depois do artista R&B Frank Ocean ter assumido a sua sexualidade. De repente todo o jornalista musical fazia questão de introduzir na sua lista de perguntas endereçadas à rappers "o que pensas sobre esse assunto?", o que tem certamente mão do lobby gay que se instalou e se enraizou um bocado por todas as estruturas de poder a nível mundial (não tenho nada contra, mas também não simpatizo com grupos de pressão e não acho que tenha de se fazer tanto alarido à volta de algo que se quer que se encare com naturalidade).

Dito isto, ouvi há umas semanas na Antena 3 uma música muito interessante à volta desta temática e não tendo conseguido captar o nome do artista tive de cavar um pouco com ajuda do google, tendo finalmente chegado lá através de uma notícia no hiphopsite que dava conta de uma versão feita pelo Joell Ortiz do tema Same Love do "gay-marriage apologyst Macklemore". Mesmo sem ouvir, soube imediatamente que era dessa música que se tratava e em dois cliques cheguei ao vídeo que agora partilho, com a letra em forma de legendas. Há uns tempos já aqui tinha colocado um post com um vídeo ainda mais interessante do rapper do colectivo Living Legends, Murs, para cujo link vos remeto aqui
 

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Call O' Da Wild - Cloud of Smoke

Cruzei com este som há uns dias. Bateu uma saudade de 1996!!! Destes nunca ouvi outra música para além desta. One hit wonders, mas que petardo!

terça-feira, 23 de julho de 2013

Nástio Mosquito - Se eu Fosse Angolano


Antes de apertar play neste trabalho um aviso prévio: Nástio não é “The Voice”! Todo aquele para quem uma voz doce e cristalina seja critério absoluto para conseguir apreciar um disco/artista, não estará a vasculhar no lixo certo. No entanto, como alguém que ouviu pela primeira vez uma faixa do Nástio por volta de 2006/2007, devo dizer em seu abono que com o tempo (e, certamente, a prática) ele aprendeu a usar as suas limitações vocais e tirar delas o melhor partido, não desafina de todo, logra sem grande esforço imprimir uma carga emocional/dramática nas suas notas fortes e chega a ter alguns rasgos de beleza no timbre grave. Para além disso, o rapaz é maleável, vai da performance vocal para uma oralidade mais spoken word com o à vontade camaleónico de alguém que estudou drama, ou com o dom inato da arte da interpretação.

O Nástio é um artista completo, complexo, cheio de pormenores e detalhes que normalmente escapam à primeira escuta e este trabalho não foge à regra, desvendando-se aos bochechos na comunicação entre o tímpano e o cérebro, fazendo com que este último processe a informação e nos retribua “??!?!?” ao invés da lógica binária que melhor sabemos interpretar. O resultado? Emoções reticentes no sentir, também elas objecto de análise subsequente: gostei desta música? O que ela me diz? Qual é afinal a opinião do artista? Estou de acordo? O que é isto? Isto normalmente assusta o ouvinte comum que, ficando confuso, determina simplesmente que “não gosto”, com o receio de estar a gostar de algo com o que não concorda.

Também a musicalidade (no que toca as composições rítmicas) do Nástio veio acumulando camadas de maturação que a consolidaram como muito própria, única mesmo eu diria. Neste disco existe uma incrível coesão entre as 11 faixas que o compõem apesar de ter sido produzido entre dois países e, logo, com músicos diferentes. Pode ser que seja um disco conceptual, que siga uma orientação musical deliberadamente definida para criar a atmosfera ora maravilhosamente melódica, ora algo fantasmagórica e que no próximo disco ele transite do Trip-hop (estou abusivamente a etiquetar o álbum, anunciando desde já que deixo espaço para eventual alteração que provenha do próprio), para o Punk, Cumbia, Ska, Reggae, Kuduro, Drum n Bass, Kizomba, enfim, o que lhe der na telha, pois o rapaz não é claramente alguém que se conforme a normas musicais fronteiriças. Seja qual for o caso, este é um disco para lá de audível, é muito agradável musicalmente e muito rico em termos de conteúdo lírico, no sentido hiphopiano do termo. Mas justamente nesse último quesito o Nástio revela que não faz questão de abdicar da sua irreverência e que não irá facilitar a vida a quem queira compreendê-lo. Confesso que tentei e fui bem sucedido (ou pelo menos dei-me por feliz com as minhas conclusões) algumas vezes, mas noutras, muitas, falhei miseravelmente e aceitei simplesmente o facto que as vezes é preciso deixar o nosso coração e subconsciente reagirem instintivamente ao estímulo que o artista consegue provocar, sem tentar ser excessivamente cerebral.

Uma coisa é certa e inquestionável: este álbum está carregadíssimo de teor político, com análises ácidas de fenómenos sociais paridos pela nossa pátria “potencialmente patética” que definha nas mãos de um punhado, fonte da deterioração dos valores que fazem com que “Kanuku quer fazer massa, mamã quer fazer massa, homem da massa quer massa” e que o frustrado seja levado a dizer: “Estou perdido e não quero me encontrar, Para quê? Se no fim vão só me maltratar”.

No tema Demo da Cracía, Nástio não se inibe de citar alguns culpados pelo marasmo em que vive a humanidade proveniente daquela latitude do globo (e não só), usando vocábulos praticamente banidos da música angolana. Nástio faz de observador imparcial sem assumir bandeiras, varrendo todos para o mesmo insonso vómito de pretensos salvadores da pátria, sugerindo que a história da nossa democracia se resume a “Viva MPLA-ya, viva UNITA-ya, viva FNLA-ya”. Não é preciso dizer muito mais. Também não é difícil perceber que este tema sozinho pode carimbar o selo de “artista non grato” no seu “passaporte artístico” e remetê-lo para a lista negra de pessoas cujos nomes não devem sequer ser citados. Mais forte de tudo, o mano escolheu este tema como SINGLE do álbum, dando-lhe uma roupagem Kizomba, com ajuda inestimável do Kennedy (ver o 2º vídeo abaixo).

Identifica (o excesso de) “auto-estima, ambição profissional, orgulho no mérito” como ingredientes principais para o emagrecimento compulsivo da alma do angolano, ou parece-me a mim ser isso que ele quer dizer.

Dizer que Nástio não evita temas sensíveis e tabu seria minimizar a postura revelada neste disco, pois ele não só não evita como faz questão de as confrontar, povoando grande parte da sua temática em assentamentos de areias movediças como: drogas, política, religião, escravatura, abandono social, exploração sexual, racismo. Num álbum de 11 faixas, podemos dizer que ele será o único a fazê-lo, se excluirmos alguns protagonistas do género Hip Hop. O facto de ser por vezes muito codificado é frustrante para quem deseja render-se ao artista, sendo incapaz de decidir se se identifica com o que defende, mas, repito, muito corajoso.

No tema “Arco-Íris” há uma abordagem de uma rara imparcialidade sobre os preconceitos de parte a parte (clichés tornados dogmas acerca de brancos e pretos) e no “Escravatura nos Pertence” ele ousa desafiar aos angolanos/africanos encararem a sua quota-parte de responsabilidade no holocausto da escravatura.

Estava por exemplo a ouvir a faixa “Existo”, que musicalmente foi uma das que menos captou a minha atenção e já ia na fase de piloto automático em que não mais tenciono apanhar dor-de-cabeça tentando decifrar as charadas do Nástio, quando sou arrebatado com uma força inenarrável da minha indiferença por uma sequência de frases dignas de um filme de Gaspar Noé: “Violei minha sobrinha, violentei a filha da vizinha, minha filha teve mesmo sorte, não lhe apanhei sozinha”! AHHHHHHHHHHHHHHH! Rebobina essa merda, volta para trás, põe do início, escuta com (mais) atenção, não tenta partilhar essa (atenção) com outras tarefas, o Nástio não é artista para tentar escutar em modo multi-tasking. A música é uma narração da mente distorcida de um violador!

Temas mais “luminosos” são sem dúvida os influenciados pelo Semba e pela Kizomba: “Tecnologia do Ancião”, um ode aos nossos mais-velhos e “Desabafo de um Angolano Qualquer”, ambos cheios de esperança e positividade, sons para curtir de olhos fechados e deixar-se emocionar.

Se às vezes gostava de entender melhor qual é a sua opinião ou o que ele pretende comunicar (ouvir “Volta”), tarefa que propositadamente não facilita com frases que resguardam e se escusam de obviar o que pensa, tenho de lhe reconhecer o grande mérito de ser incomodativo, irreverente, provocador, demolidor de dogmas, interventivo, incisivo, destemido, avant-garde, enfim, artista! Se juntarmos a todas essas qualidades os factos de: 
1) O disco ter sido disponibilizado de forma gratuita na sua página; e
2) O artista ter optado com exclusividade para o uso da língua portuguesa (ele domina perfeitamente pelo menos o inglês e não é nenhum purista do idioma oficial); 
Levando em conta que a sua actividade artística se realiza predominantemente no estrangeiro, o orgulho que sinto é elevado a um expoente com alguns zeros à direita!

Nástio conquistou um lugar entre os raros angolanos que conseguiram arrebatar-me e revitalizar a minha esperança na nossa música nestes últimos anos: Aline Frazão, Phay Grand e Sanguinário, sendo dentre eles, sem sombra para dúvida, o mais enigmático.


DEMO DA CRACÍA REMIX (EXTENDED) from DZZZZ ENT. on Vimeo.


Catem o mambo aqui

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Mayra Andrade - Used to Call it Love

Essa miúda continua a cantar e a encantar. Gostei do single, apesar do vídeo só servir para formalizar a música e mostrar a sua carinha linda. Sonoro de qualidade. O álbum está a ser preparado.


domingo, 16 de junho de 2013

Um Zero Azul - Corrupção do Estado

Recebi este mambo no email. Tirando o exibicionismo no excesso de rotação da baquete do baterista, o mambo tá lá. O wí sozinho fez a festa dele.


terça-feira, 11 de junho de 2013

Rapadura - Amor Popular

Esse meu mano da margem esquerda do Atlântico é muito foda!
Grande som, que já tem alguns anos mas continua fresco, e grande vídeo, esse sim bem recente. Simplesmente fabuloso!


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Aline Frazão - Tanto

Crescendo e desabrochando. Cada vez mais apurada e mais madura. Voz no sítio, letra sopimpa, vídeo muito forte. Vem aí o segundo álbum a solo, intitulado "Movimento". Aguardando pacientemente.


terça-feira, 30 de abril de 2013

Lin Que - Let it Fall (1995)

A dama mais grega (hardcore) da década de 90. Membro dos X Clan, promovida pela MC Lyte (que aparece no vídeo a dizer muito "one, two" e o "drop it all on em" do refrão). Quando era ndengue e vi esse clip fiquei malaike, não podia só dizer que era MC feminina, era só MC e ponto final! A miúda podia trocar "mimos" com qualquer rapper que me kuyava nessa altura: de Onyx à Nas! Nos últimos anos lançou outras músicas em que aparece um pouco mais descascada e deu para ver que aqui ela não queria promover carnes, embarrou tudo por detrás de disfarces para as pessoas se focarem unicamente nas suas rimas e flow. Uma bomba!


Jesse Boykins III & X-Melo - Dois sonoros do Zulu Guru

Essa dupla lançou um álbum que tem estado em alta rotação no meu sistema sonoro. Tem muito som BIZARRO, mas agradavelmente bizarro, fresco, inovador. Não gosto muito do primeiro single, mas o segundo é uma brisa de ar fresco. Aguentem.





sexta-feira, 22 de março de 2013

terça-feira, 12 de março de 2013

Akua Naru: How Does it Feel Now?

Sugerido pelo meu mano Cabuenha, mano que já me mostrou grandes pérolas musicais, algumas das quais ainda hei de publicar, tipo Ramiro Musotto.
Voz profunda da moça, banda a adoçar a declamação meio rappada da ndengue, o mambo tá deka!


sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Beady Belle - Ghosts

Sugerida pelo Ivo, baterista de Batida, curti deste álbum da Beady Belle. Esta música, Ghosts, abre o álbum "Home" (aconselhável pessoal) mas infelizmente não encontro um vídeo com mais qualidade e apanhado desde o princípio no youtubo. Tipo que a mboa é sueca e este disco tá bem catita. Um dia com mais disposição partilhá-lo-ei aqui.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

MGMT pop surpreendente

Estou há dois anos para postar o álbum desses wís aqui. Um álbum de um género musical que eu não gosto nada, mas que me conseguiu surpreender ao ponto de me arrebatar. Não gosto do álbum inteiro, mas as faixas que gosto acho-as mesmo bem conseguidas. Deixo-vos aqui com duas:




Jesse Boykins III - Way of a Wayfarer

Aconselhado pela minha amiga Catarina, fui catar dois mambos do Jesse. Gostei bastante dos dois, mas este, com 6 faixas apenas, levou a taça porque 4 dos seis temas são autênticos bangers.
Não me informei muito acerca do rapaz, mas pela sonoridade dele dá para ver que é um "não-conformista", que busca sonoridades inovadoras, que aceita e celebra a sua unicidade independentemente de rebentar ou não, de vir a ser o próximo trend ou não, de vender milhões de cópias ou só uma centena aos amigos e vizinhos.

Eu gostei muito deste EP (da faixa 2 à faixa 5) e assim sendo o partilho aqui convosco. Confiram.

01.I Can't Stay
02.Back Home (Mermaids & Dragons)
03.When Your Ready
04.Light to Dark
05.Zoner
06.B4 the Night is Thru (Afta1 Remix)

Catem o mambo aqui


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Santigold - Disaparate Youth

Não costumo gostar dos singles, mas este conquistou-me:

quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

HMB - Essa Saudade de Ti

Projeto interessante de Soul português. Esta música está muito bem conseguida. Estou a pegar o disco completo, se valer tanto a pena quanto este balanço, irei partilhar aqui convosco. O vídeo ao vivo tem problemas no audio por isso partilho também o youtube só com o audio.



quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Projota e Criolo (de novo)

Descobri isto ontem. Não conhecia este rapper brasileiro, mas este tema foi uma excelente introdução ao seu potencial:



O vídeo do Criolo que partilhei ontem levou-me (após indicação do meu mano Cabuenha) a este outro, que me deixou (ainda mais) fortemente impressionado. O mano está a trilhar o seu caminho, na humildade!

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Rap consciente está de volta

Sobretudo o rap que faz pensar, mesmo não estando isento de alguma violência. Isto foi o que me fez gostar de rap e embrenhar-me pela cultura Hip Hop. A nova geração a provar que sucesso comercial não tem necessariamente de estar desvinculado de alguma complexidade lírica.

O primeiro tema é de um artista de quem não sou fã, mas este caiu-me bem:



O segundo é do puto sensação nos EUA, Kendrick Lamar. Não do seu álbum oficial (que confesso não me ter cativado) mas da mixtape Section.80 que tem temas do caralho. Este é o meu preferido, com uma produção bombástica do J Cole (outro ndengue sensação, também ele bem sucedido)



O terceiro é um "partner in crime" do Kendrick e chama-se Ab Soul. O tema é rijo de digerir para estômagos sensíveis, mas isto é que torna rica esta arte: não há tabús, é CRUA!

Shafiq Huseyn - clips

No dia que postei o álbum dele aqui ainda não tinha clips (se bem me lembro). Hoje estava à procura de um som dele para mostrar ao mano Denilson Gomes e dei conta que tem mais de um, tendo os dois que eu escolhi uma fotografia que exibe uma extrema sensibilidade e bom gosto, fazendo o que raramente os videoclips de hoje em dia conseguem que é dar uma dimensão visual ao audio, complementando-o na perfeição, ressaltando o que a música pretende transmitir. Sa Ra Creative Partners rebentam!



Criolo e RAPadura

Talento puro do Brasil. Muito boa cena



quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Melhores álbuns de 2012

Aqui está o meu álbum preferido de 2012
Aqui o nº 2 do meu top

Bom 2013 para todos!