Flagelo, meu tropa. A primeira vez que o ouvir foi numa daquelas compilações do kapa "Levanta o braço (e larga a massa)" com o tema "Música é...". Senti logo a profundidade do sócio e a maneira pouco ortodoxa de escrever e passei a estar atento ao que ele metia a circular. Gostando mais de umas do que de outras (o normal né?), fui constatando que o mano não era aquele típico consciente em part-time que passa de revoltado à dócil ferramenta do sistema. O dred tem uma posição vincada e convicção assumida sem preconceitos, às vezes um tanto ao quanto monocêntrico na temática e abordagem, podendo tornar-se aborrecido, dependendo da atmosfera que crie com a música , mas com a enorme qualidade de se sentir a pureza e a genuinidade dos seus sentimentos. A sua voz é imponente e peremptória. Este tema está muito nice e a conclusão remete-nos bwé para aquele provérbio índio que esteve estampado aí nuns posters, que circularam em massa aqui pelo ocidente, com uma linda canuka índia e os dizeres: "só quando as árvores tiverem sido todas derrubadas, os rios secarem, os peixes morrerem, o homem vai entender que o dinheiro não se come".
O tema vai sair num EP que será lançado pela Masta Kapa no mesmo dia que o single da Ngonguenha e (se tudo correr bem) que o mambo tipo documentário "É Dreda ser Angolano".
20 de Dezembro no Teatro Elinga (que está para ser demolido há 4 anos, já teve tipo 10 shows de encerramento e continua sempre a bater :=) )
Catem o mambo aqui
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