Só posso dizer que esse gajo é mais velho. Ele nem mudou muito daquilo que sempre fez, continua com aquele braggadocio arrogante típico do eterno combate pelo título que caracteriza o rap. Já não tem instrumentais do Premier, continua a chamar alguns produtores e artistas mais ocultos, mais distantes do mainstream, enfim, o Jay consegue continuar a ser o artista que mais se aproxima do título do álbum que ele próprio lançou com o R.Kelly, o "Best of Both Worlds". O Nas tentou durante uns tempos, felizmente acabou por escolher ficar-se pelo rapper adulto e responsável e cagar para os "Hate me Now". Os Talibs e os Common desta vida em dada altura, tentaram também fazer os crossovers, mas falharam miseravelmente. A única coisa que mudou no Jay é que ele já não tem mais nada a provar, já vendeu tudo o que tinha a vender, já foi presidente da Def Jam (posição da qual abdicou), fez as pazes com o Nas, foi embaixador das Nações Unidas, criou uma editora, construiu um império, abandonou o rap, voltou ao rap, criou o mito de fazer tudo sem escrever, foi o primeiro (e único) artista hip hop cabeça de cartaz no Glastonbury (festival pioneiro e essencialmente rock na Inglaterra), lança aqui o seu 11º álbum e 11º nº 1 nos tops, ultrapassando Elvis Presley. Os best ofs que existem aí não são oficiais. O Jay mudou então a estratégia de primeiros singles comerciais e poppish e agora mete em destaque o lado dele mais raw, unadulterated hip hop, evitando assim aquele ocasional pé-atrás (o meu por exemplo, constante desde o In my lifetime...segundo álbum do Jay, até ao Black Album) do ouvinte que descarta o álbum pelo single de apresentação. Primeiro single deste LP: DOA! Ressuscitando o enorme No ID, que produziu os 3 primeiros álbuns do Common Sense e que apadrinhou nada mais nada menos do que Kanye West himself. "Black Sinatra". Ao fim de 14 anos de carreira, tenho MESMO de lhe tirar o chapéu.
Este álbum tem muito cocó também, mas as pérolas compensam o download e não deixam que o cocó as ofusque. Isso é talento.
Meu som preferido: Empire State of Mind
Primeira dika nervosa que me marcou: Shorty like (2)Pac me I like Poppa/ Screamin' Hit 'em Up, I scream Who Shot ya?. (Venus vs Mars, o som que ele fez para a mboa dele Beyoncé. Só quem conhece mais ou menos as carreiras do Notorious B.I.G. e do Tupac vai captar a dika.
01. What We Talkin' About
02. Thank You
03. D.O.A. (Death Of Auto-tune)
04. Run This Town
05. Empire State Of Mind
06. Real As It Gets
07. On To The Next One
08. Off That
09. A Star Is Born
10. Venus Vs. Mars
11. Already Home
12. Hate
13. Reminder
14. So Ambitious
15. Young Forever
Catem o mambo no comentário
3 comentários:
sem querer tirar Merito no Jigga, mas acho que e o rapper que totaly fugiu da sua linhagem, para mim acho-o um "bouncer" ou entao deixou de lado o seu skill no mic ou entao esta para fazer mola.
Um exemplo de um rapper que na minha opiniao ainda nao fugiu da sua linhagem e o NAS, sorry man jigga nos deixou no mundo do real hiphop.
nota ebm: e a minha opiniao!
respeito totalmente...ja partilhei mto essa opiniao. Hj em dia nao tanto. Acho q ele está longe de ser puro, mas na sua impureza tem aquela sinceridade charmosa que faz com q um gajo se renda. O gajo fala da vida dele. Faz 80 milhoes por ano, nao vai tar a falar que ainda vive vidas magras...ta comer a beyonce...ta em linha. Dentro do "bounce" ele consegue ter bastantes sons aceitaveis. Como disse: tem mto cocó no disco.
Mas ya bro...respeito :).
aqui esta o link para o album:
http://www.mediafire.com/?yzy3jzykgzk
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