Isto é um espaço pessoal, aqui hei de meter essencialmente música que de alguma maneira me moldou, mas posso ter alguns desvarios eventuais. Se algum artista se sentir "roubado" por ter a sua música partilhada, que mo indique, para que eu possa apagá-la com a máxima prontidão
Imperdoável que ainda não tenha posto este disco aqui. Lembro-me que foi o meu primo Tukula que me falou nele quando eu ainda vivia em St. Etienne (2004), espetando-lhe uma porrada de adjectivos superlativos e quando finalmente arrumei um tempo para escutar, armado em radialista, ouvindo os primeiros 5 segundos e avançando para o meio, fiquei tipo: "Porra que cena mais bizarra e monótona". Caguei no meu primo. Só um dia mais tarde é que juntei 1+1 e percebi que os princípios e os fins das músicas eram todos iguais porque havia uma nota permanente ao longo do disco todo, a única coisa que sobrava quando o silêncio de toda a roupagem musical que vestia o som se desvanecia e que era na realidade o fundamento do título do disco "Le Fil" = "O Fio" (condutor). GENIAL! Isso fez-me por o álbum do início com muita atenção e ouvi-lo numa condição mais de ser humano que ainda por cima não estava propriamente apertado de tempo. Fiquei aturdido e encardido pela minha própria estupidez e feliz por ter dado uma segunda chance ao disco. Tornou-se instantaneamente um dos meus favoritos e ficou no meu top nos dois anos seguintes. É uma obra prima a meu ver, com a maior parte dos instrumentos sendo simulados com a boca (baterias e trompetes incluídas), para além dos barulhos com a boca altamente idiotas feitos pela própria tresloucada Camille. Tive de subscrever os adjectivos avançados pelo meu primo e ainda adicionar mais uns tantos. Vale MESMO a pena. Ela lançou outro mais recentemente mas eu ainda não o ouvi e dessa vez foi mesmo falta de compatibilidade com o tempo que tinha em mãos ehehe. Aconselho-vos VIVAMENTE a verem os vídeos dela AO VIVO (se tiverem que escolher).
01 La jeune fille aux cheveux blancs 02 Ta douleur 03 Assise 04 Janine 1 05 Vous 06 Baby Barni Bird 07 Por que l'amour me quitte 08 Janine 2 09 Vertige 10 Senza 11 Au port 12 Janine 3 13 Pâle Septembre 14 Rue de Ménilmontant 15 Quand je marche
Porra, até hoje esses sons soam bem... o primeiro é granda produção já nessa altura do Shawn J. Period (esse mwadié tipo desapareceu de cena, agora tá numa de Christian Rap e outras ondas mais raras). Que saudades desses tempos.
Não sei porquê que me lembrei deste som. Estava na primeira k7 de videoclips de hip hop que vi na vida, fins de 94, princípios de 95. Partilho isto convosco para que vocês possam ver o que é evoluir e ser obstinado. Avancem para o último MC se não tiverem paciência de ouvir tudo (1m59s). O gajo já era bom ehehe.
Porra não sabia que podiam apagar a porra do post inteiro que deu tanto trabalho a escrever. Não foi só tirar do ar, apagaram mesmo da minha lista de edição. Hoje recebi este email a comunicar-me que um qualquer órgão de defesa dos interesses dos artistas ameaçou a blogspot de levar com um processo no tribunal se não apagassem a porra do post. Quem tem blogs deste género já deve ter recebido algo parecido. Eu pensei que eles simplesmente apagassem a porra dos links, porque eu não faço mais do que direccionar as pessoas para ficheiros que já estão hospedados na internet (rapidshare e youtube). Todos pró caralho.
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Por algum defeito de fabrico, nós os amantes de música temos uma tendência muito feia mas irresistível de comparar os discos novos dos artistas que nos kuyam com os seus predecessores. Algumas vezes essas comparações são mais legítimas, quando por exemplo o artista em questão muda completamente de vertente, como é o caso dos rappers que vão da noite para o dia (conscientes/hardcore para pussy-ass soft core popcorn rappers). Também o fazemos quando os artistas continuam a ser inovadores e conseguem o difícil feito de nos surpreender com as novas sonoridades exploradas e, claro, com os resultados dessas explorações que nem sempre são positivos. Nenhum destes álbuns se enquadra nas supracitadas excepções e MESMO ASSIM, vai ser impossível abster-me de uma comparaçãozita. As miúdas são lindas, são divas, são deusas, a música que fazem é refinada, pura, aquece o coração, mas se vocês são daquelas pessoas exigentes que querem sempre novidade, estes não são definitivamente os vossos álbuns. O álbum da Sara está óptimo, mas um pouco remeniscente do Balancé, começa com aquele kizombazito de leve (Sara por favor não caias na repetição óbvia de fazer desse som o teu single), tem até um som com uns acordes parecidíssimos aos do Balancé. Parece também que ela continua a trabalhar apenas e só com os mesmos músicos e escritores. No entanto eu discordo completamente do Nguimbola que me resumiu a impressão dele de uma maneira muito crua e redutora: "O álbum da Sara tá muito podre!". Só perdoo esse tipo de barbaridade a um boelo como o Nguimbola. O álbum está MUITO fixe, nem podia ser de outra maneira, é a Sara Tavares caracoles. Só que pronto, não bate tanto quanto o Balancé. O álbum da Lura está a bater deka deka deka. Também sem surpresas, é o som típico da Lura, mas ainda vai tendo execuções muito para além do muito bom. Lura wins! eheheh Mano Djo, agora vamos esperar o da Mayra né? Armada como ela anda, espero que não decepcione!
01. Libramor 02. Um Dia 03. Tabanka 04. Eclipse 05. Marinhero 06. Maria 07. Terra'l 08. Quebrod Nem Djosa 09. Na Nha Rubera 10. Orfelino 11. Sukundida 12. Mascadjon 13. Queima Roupa 14. Canta Um Tango
01 Quando das um pouco mai 02 Sumanai 03 Ponto de Luz 04 Caminhanti 05 Pé na Strada 06 Di Alma 07 Bué (você é…) 08 Keda Livre 09 Só d’Imagina 10 Minino 11 Voz Di Vento 12 Exala 13 Fundi Ku Mi 14 Manso Manso
(Ela aqui tá parecida com aquela mboa do filme Smoking Aces que contracenou com a Alicia Keys)
Este álbum ainda não o analisei bem, mas nem preciso, eu quase que meto as minhas nádegas no fogo por este gajo, sei que ele não me vai desiludir. Um dos temas neste álbum tem uma remix com a Nneka, outra nigeriana na diáspora que também tem feito um zunzum nesses últimos tempos. O meu favorito até agora é o Black Orpheus que já meti aqui o ano passado e este até tem uma capa parecidíssima, coisa que me deixa sempre meio de pé atrás. Inventor do bluefunk, Keziah Jones com o seu dedilhar doidão a rebentar a raboseiiiiraaaaa concerteza.
Epá eu curto bwé deste mangas. OK, é possível que ele esteja a ser um pouco repetitivo na temática abordada, é possível que ele esteja a tentar reeditar fórmulas que já provaram funcionar bem para ele e não esteja a fazer tanto daquilo que mais apreciamos nos artistas que é ser arrojado. Mas eu gosto muito da maneira dele de fazer música e acho que a tendência para se afastar um pouquinho mais da cena mais rapeada para aumentar a sua tónica mais soul é bem normal. Já se sentia que esse seria o caminho natural para ele desde o Dusty Foot Philosopher. As letras dele continuam bem escritas, com profundidade e piada no mesmo som bem ao estilo africano. Lembremo-nos que este é um senhor que aprendeu inglês há alguns anos quando chegou à América, é incrível como ele parece estar mais à vontade nesse idioma estrangeiro que no arabesco somali dele. O disco VALE MUITO A PENA, apesar do meu voto de preferência ir para o primeiro.
01. T.I.A (This Is Africa) 02. ABC’s (feat. Chubb Rock) 03. Dreamer 04. I Come Prepared (feat. Damian Marley) 05. Bang Bang (feat. Adam Levine) 06. If Rap Gets Jealous (feat. Kirk Hammett) 07. Wavin’ Flag 08. Somalia 09. America (feat. Mos Def and Chali 2NA) 10. Fatima 11. Fire in Freetown 12. Take a Minute 13. 15 Minutes Away 14. People Like Me
Bem pessoal, este post é muito especial por milhentos motivos que não ia conseguir resumir num textinho introdutório. Por não conseguir resumir vou fazer uma pequena longa exposição. Estou em Brasília a vêr familiares que não via há mais de 17 anos e a reviver retalhos da minha infância que estavam bem arrumadinhos no meu subconsciente. A última vez que cá estive, em 1989 e já no aeroporto para apanhar o vôo de regresso, comprei umas K7's de música brasileira completamente às escuras. Ia desde Xuxa, Paquitas, Fábio Jr, Simone, Mara e Trem de Alegria, até ao disco que aqui vos apresento e que não faço a mínima ideia da razão que me levou a adquiri-lo, porque nunca tinha ouvido o nome do indivíduo e a capa como podem constatar não é exactamente muito apelativa ao imaginário de uma criança de 8 anos. A verdade é que foi justamente essa K7 que eu ouvi mais vezes, adorava a musicalidade e as letras e tudo mais. Os anos passaram e a K7 desapareceu, empurrada para uma longínqua memória a medida que se amadureciam os meus gostos. Ao ponto de eu já não ter bem a certeza se tinha sido uma maluquice de criança ou se realmente a coisa valia a pena. Ainda procurei na internet algumas vezes o disco, mas não me lembrava do título e a discografia do moço só começava a partir de 91. Não me lembrava do título nem letra de nenhuma das músicas e nunca me embrenhei muito a sério para descobrir. Ficou sempre ali numa nebulosa. Até há uns dias atrás quando fui com o meu primo a uma festa e o DJ só passou sons nervosíssimos encerrando a sessão com o clássico "Manuel" do artista em questão. É indescritível a miríade de sensações que me percorreram a alma nesse momento, a revelação da plenitude do significado da frase "Last night a DJ saved my life". Fui procurar mais profusamente e.... aqui está o disco, 21 anos depois, ainda fresco, maravilhoso, absurdoooooo. Como se tivesse saído ontem. Grande Ed Motta, sobrinho do mito Tim Maia. Este álbum se calhar não vai vos bater como bate a mim, existe toda essa história de vida que me liga a ele, mas garanto-vos que mau não vão achar....é impossível!!! Eu podia ficar aqui agora o dia inteiro a desdobrar-me em elogios por esta pérola, mas deixo o resto as reticências para vocês completarem. Petróleo BRUTO.
01 - Manuel 02 - Vamos Dançar 03 - Lady 04 - Seis da Tarde 05 - Um Love 06 - Baixo Rio 07 - Caminhos (Não é só o meu) 08 - Parada de Lucas 09 - A Rua