quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Coldplay - Os dois melhores

Hoje em dia gostar de Coldplay pode ser visto como desmodado, com o sobrolho semi-erguido por parte dos anti-mainstream e se é verdade que a partir do X&Y eu pura e simplesmente deixei de seguir a melancólica banda de Chris Martin, o trabalho deles até aí não deixou de ser sublime (esta palavra lembra-me de outro post que tenho de fazer brevemente) e por vezes mesmo comovente, tanto no Parachutes como no A Rush of Blood to the Head.

O objectivo fixado pela então editora dos Coldplay eram as 40 mil cópias. Escusado será dizer que esse número foi vaporizado pelos inesperados vários milhões de unidades vendidas por esse mundo fora a pessoas que se deixaram seduzir pelo tom de cãozinho molhado do Chris Martin. E por menos que se goste dos Coldplay hoje em dia, por mais que eles se tenham perdido um bocado no desejo fútil de reeditar as suas fórmulas provadas funcionais. Mesmo que a execução tenha sido profissionalmente bem conseguida, a alma deixou de lá estar e (para mim) o mambo rochou!

Meu som favorito deles de SEMPRE é o Trouble. Malaike para uma banda que, 3 álbuns depois, ainda não tenham conseguido destronar essa predilecção, mesmo que, comparando os dois álbuns, a minha eleição de escuta vá inequivocamente para o Rush of Blood, recheado de pérolas, diamantes, rubis e pepitas de ouro.
Se quiserem um post mais informativo acerca dos Coldplay e com a discografia completa podem vir procurar neste blog aqui, foi aliás de onde eu tirei estes dois que aqui posto agora.

Coldplay - Parachutes (2000)

1.Don't Panic
2.Shiver
3.Spies
4.Sparks
5.Yellow
6.Trouble
7.Parachutes
8.High Speed
9.We Never Change
10.Everything's Not Lost


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Coldplay - A Rush of Blood to the Head (2002)

1.Politik
2.In My Place
3.God Put a Smile upon Your Face
4.The Scientist
5.Clocks
6.Daylight
7.Green Eyes
8.Warning Sign
9.A Whisper
10.A Rush Of Blood To The Head
11.Amsterdam


Coldplay - In my place


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Kiko Dinucci e Bando Afromacarrônico

Eu ouvi este disco umas 3 vezes, sendo que as duas últimas foram para confirmar que tinha o meu ouvido não me tinha enganado e passado a informação errada ao meu cérebro dizendo-lhe falsamente que o mambo tava deka. Tenho de aprender a confiar mais na primeira impressão e no meu instinto, pois realmente, este disco tem qualquer coisa de especial na sua mistura de sonoridades da MPB mais moderna, com letras bem esgalhadas e bwé humorísticas (basta espreitar os títulos das faixas para conferirem), criando uma fórmula com resultados, a maior parte das vezes, bastante agradáveis e bem conseguidos.

A confirmação que precisava para ter a certeza que não estava a ser trapaceado pelo meu encéfalo veio quando o meu irmão Pedro comentou comigo: "epá, aquele disco do Kiko Dinucci é bem engraçado" (algo nesta linha). Mas nada como passarem pelo teste vocês próprios, deixem o vosso ouvido vos dar o veredicto. Kel abraço.
01. Engasga Gato
02. Padê Onã
03. Samba Manco
04. Rainha das cabeças
05. Ressureição
06. João Carranca
07. Mosquitinho de velório
08. Santa Bamba
09. Tambú e candogueiro
10. Roda de Sampa




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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Mona Dya Kidi - Single

No outro dia bazei no show da Masta Kapa com o meu sócio Nk e apesar de não ter ficado super satisfeito com a constatação do eterno desleixo em coisas primordiais para a harmonia de um palco, nomeadamente e sobretudo o som que mais uma vez deu bandeira, cristalizando a ideia teimosa que "underground" é sinónimo de má qualidade sonora, microfones desnivelados e feedbacks persistentes (ideia essa que já foi peremptoriamente desvanecida em algumas ocasiões onde todos os detalhes foram cautelosamente acomodados e tudo saíu bem), não pude deixar de sair de lá com a sensação de alívio que me proporcionaram dois novos artistas do nosso rap consciente, que, mais que serem uns automatos repetindo palavras de ordem associadas a corrente underground para granjearem algum tipo de reconhecimento, tinham um visível potencial tanto na presença em palco como na sua maneira individual de comunicar intimidades com as quais a plateia se identifica.

O primeiro que me causou boa impressão foi o Mono, gostei de ouvir a sua desenvoltura a rimar e a sua maneira de associar palavras na sua própria construção frásica, mas o que me arrebatou foi este Mona Dya Kidi, de quem nunca tinha ouvido sequer falar e que, felizmente, tinha o seu single promocional disponível e que eu prontamente adquiri. Tem 4 faixas, sendo a minha preferida a TPA, não por ter o melhor texto, já que todos têm o seu "quê" de forte, mas pelo todo: instrumental, letra, entrega, refrão. Na verdade, e sem querer ofender os produtores que devem ter dado o melhor de si, este MC poderia brilhar muito mais com instrumentais mais bem conseguidos, de qualquer modo este single é um pouco mais que decente se tivermos em conta o cenário hiphopiano nacional. Vale a pena darem uma escutada e apreciarem as palavras do Kamun'dongo.

"invistamos na agricultura...e tudo virá por acréscimo,
na educação... e tudo virá por acréscimo,
na saúde... e tudo virá por acréscimo
e aí conheceremos o antónimo do que é péssimo"
Nicely put!
01.Sintam o Kamun'dongo
02.TPA - Todos Por Angola
03.O Protagonista da Vida c. VBaw
04.Golp'z & Prop'z

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sábado, 13 de novembro de 2010

Janelle Monáe vs Erykah Badu

Janelle Monáe - The ArchAndroid: Suites II and III

Comecei por ver um vídeo desta moça num dos vários canais de música que existem no pacote da TV Cabo na tuga. Lembro-me de ter achado piada pelo todo, o grife, o penteado, a cor chocolatona, os olhos, mas a música propriamente dita, não achei nada de especial, sobretudo porque me fazia lembrar demais o Hey Ya do Andre3000, de quem ela parecia querer espremer uma versão feminina. Desinspirada e imitadora, caguei nela.

Só voltei a ouvir porque num dos sites de hip hop onde leio as críticas o álbum dela recebeu @@@@1/2, e isso foi razão mais do que suficiente para eu lhe dar uma segunda oportunidade. Ainda bem que o fiz. A rapariga é incrivelmente dotada e tem uma imaginação muito adubada quissá derivada da profissão que ela quis seguir inicialmente e que lhe levou a mudar-se do Kansas para NY para estudar, drama (actriz de teatro). Em 2007 ela lançou a primeira parte do que deveria ser um álbum em 4 partes (ela chama-as Suites), um EP chamado Metropolis (Suite I), que seria distribuído no seu site e em sites de download de mp3.

Eis que se intromete nesse percurso o P.Diddy que a assina para a Bad Boy, depois do Big Boi (Outkast) lhe ter falado nela . O EP é lançado oficialmente com o título Metropolis: The Chase Suite. O engraçado é que o A&R da Bad Boy adorou a Monae, justamente pelos motivos mais inesperados: "adorei o aspecto dela, o facto de não conseguir ver o seu corpo". Engraçado, quando esses cabrões tratam sempre de acelerar o processo de putrefacção artística impingindo as suas meninas que se descasquem para poderem vender discos. Aqui estão eles a apreciar a antítese do que promovem. Ou será um desafio? Ver quanto tempo leva até a miúda se vergar à realidade misogénica da indústria.

Este álbum, inclui as Suites II e III, ficando a faltar a parte conclusiva desse filme. Filme mesmo, pois o conceito do álbum é inspirado directamente por um filme alemão da década de 20, Metropolis, um filme mudo sobre a industrialização, a sociedade de consumo e a luta de classes, considerado o Padrinho da ficção científica. Este The Archandroid não só pega inspiração na capa muito similar à do filme original, como nas temáticas abordadas, sendo a Janelle de um ecletismo ímpar.

O filme de Janelle conta a estória de Cindy Mayweather, uma criatura alienígena encarnando uma androide feminina que atende pelo nome de Cindy Mayweather e pelo #57821, no ano de 2719. Mayweather apaixona-se por um humano chamado Anthony Greendown e esse erro ser-lhe-á fatal, pois os poderosos do século em questão decidem, ao tomar conhecimento dessa grave infracção do protocolo, desactivar a andróide Mayweather. Felizmente, Cindy descobre que é possuidora de super-poderes e que se trata na realidade de uma espécie de Messias da comunidade andróide, empenhando-se em salvar a comunidade, que acaba por ser finalmente a única chance que tem de também se salvar a si própria.

A miúda é de outros tipos, só vos digo. Catem o mambo enquanto tá quente.

01. Suite II Overture
02. Dance Or Die (Feat. Saul Williams)
03. Faster
04. Locked Inside
05. Sir Greendown
06. Cold War
07. Tightrope (Feat. Big Boi)
08. Neon Gumbo
09. Oh, Maker
10. Come Alive (The War Of The Roses)
11. Mushrooms & Roses
12. Suite III Overture
13. Neon Valley Street
14. Make The Bus (Feat. Of Montreal)
15. Wondaland
16. 57821 (Feat. Deep Cotton)
17. Say You’ll Go
18. BaBopByeYa



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Erykah Badu - New Amerykah Part II: The Return of the Ankh

Não vou sequer perder tempo a apresentar esta diva da música de bom gosto contemporânea. A etiqueta diz Neo-Soul, mas ela não a aceita, compreensivelmente. Estaríamos a voltar àquela conversa de outros posts anteriores.

Este é também o segundo de três tomos desta saga e a Erykah continua se buscando, explorando sonoridades novas, tentando manter-se fresca sem nunca se conformar com o protótipo imposto como única fórmula de sucesso e enriquecimento fácil, sem se furtar ao exercício do absurdo, como o gravar a música, que hoje em dia se quer cristalina com qualidade xpto, na banheira da sua casa-de-banho para criar naturalmente uma espécie de "efeito-túnel" e sobretudo, sem deixar de fora a sua veia de agent-provocateur que deveria estar listada como uma das condições irrevogáveis na definição de artista, pois quem não tem isso não pode passar de um simples entertainer. A arte cumpre (ou devia cumprir) um papel social de levantar questões e fomentar o alargamento de horizontes provocado por um crescimento forçado da mente, muito além da mera eficácia na pista de dança.

O vídeo do primeiro single foi realizado pela própria e é bastante controverso, pois ela vai fazendo uma espécie de strip-tease, despindo uma peça atrás da outra, orgulhosa das suas imperfeições e no fim... deixo-vos ver o clip, pois ela explica as razões da sua audácia no final.

Muito forte!

Mais uma vez ela colabora com diferentes nomes do Hip Hop, mas desta vez com resultados ainda melhores que na primeira parte da trilogia. O mambo está mesmo muito deka, vale absolutamente a pena checkar.

Janelle Monae vs Erykah Badu??? = Taco-a-taco, zero-a-zero no marcador, empate no trumunu. Não ganhou ninguém, ganharam as duas. Quer dizer, se fosse obrigado a escolher eu escolheria a Erykah pela consistência sonora ao longo dos anos, mas se for álbum vs álbum... tá calor. Empate mesmo.

01. 20 Feet Tall
02. Window Seat
03. Agitation
04. Turn Me Away (Get Munny)
05. Gone Baby, Don’t Be Long
06. Umm Hmm
07. Love
08. You Loving Me (Session)
09. Fall In Love (Your Funeral)
10. Incense (Feat. Kirsten Agnesta)
11. Out My Mind, Just In Time



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quarta-feira, 10 de novembro de 2010

RJD2 - The Colossus

RJD2 é um produtor de Hip Hop que começou a sua carreira em Colombus, Ohio como DJ de um grande grupo do vastíssimo movimento underground da década de 90, os Mhz, do qual faziam parte os MC's Copywrite, Camu Tao e Jakki the Motamouth, todos eles debandando e tornando-se artistas solo que continuam a ser, excepto o Camu Tao que agora é artista no céu (ou no inferno dependendo do rácio pecados/boas acções que tiver realizado enquanto por estas terras de ninguém deambulou), mas que enquanto viveu deixou alguns registos, dois deles bastante interessantes e valorosos com dois outros amigos, o Cage e o Tame One (Artifacts).

RJD2 depois passou pela editora do Bobbito aka DJ Cucumber Slice, até que esta fechasse, passando para a Def Jux onde lançou os seus dois primeiros discos, o Deadringer e o Since we last spoke, dois álbuns onde predomina a vertente instrumental, apesar da ocasional participação dos seus amigos de Colombus. Ambos tiveram grande repercussão, mas no terceiro álbum o mano decide reinventar-se e começa também a cantarolar na maior parte dos temas e a tocar mais instrumentos ao invés de se dedicar exclusivamente ao sampling. O disco, The Third Hand, não era mau por assim dizer, mas tipo o amigo pobre e ofuscado dos dois primeiros, apagadinho, sem brilho.

Julgando por este quarto de originais, agora na sua própria editora, o Third Hand foi uma middle passage na busca de uma sonoridade cada vez mais sua, já que este Colossus está, nessa mesma onda, muiiiiiito mais refinado, conquistando facilmente o seu lugar ao sol e tornando-se discutivelmente no seu melhor álbum de sempre.

R. J. são as suas iniciais e já sabem que nos states o pessoal é muito rápido a abreviar os nomes dos kambas. Daí a RJD2 foi um instantinho de associação lógica, para um dos amigos fã do Star Wars, onde o robot kambuta, amigo do Chewbacca se chama justamente isso, RJD2.

Este álbum aconselha-se veementemente, pois até as cantorias algo exageradas no Third Hand, aqui mantêm-se sóbrias e discretas nunca chegando a incomodar. O melhor balanço do mambo para mim é sem sombra para dúvida o Shining Path com o agora cantorino Phonte Coleman. Catem o mambo enquanto o link bumba.

1. Let There Be Horns
2. Games You Can Win
3. Giant Squid
4. Salud 2
5. The Glow
6. A Spaceship For Now
7. The Shining Path
8. Crumbs Off The Table
9. A Son’s Cycle
10. Tin Flower
11. Small Plans
12. Gypsy Caravan
13. The Stranger
14. Walk With Me



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Seu Jorge & Almaz - Seu Jorge & Almaz

Há coisa de dois anos, António Pinto tinha a responsabilidade de compor a música para um filme de Walter Salles (creio que se trata do "Linha de Passe") e, no processo, juntou dois dos elementos do fenomenal grupo Nação Zumbi, Seu Jorge e ele próprio, contrabaixista que é. Ao que parece, a energia que rolou foi tão boa que resolveram desde aí que se iam juntar para fazer mais coisas. Essas "coisas" acabaram por ser 12 temas que constituem (mais) um álbum de versões, que parece ser a moda em 2010, não sei se alguma cartomante, ou talvez um génio do marketing, previu que este ano o mercado estaria muito inclinado para reciclagens, ou se a nostalgia se instalou na franja artística situada na faixa dos 30, a verdade é que eles têm abundado.

Este junta dois dos meus preferidos dos últimos anos na MPB, mas a verdade é que este álbum me deixou com a sensação de incompletude, tipo refeição sem sobremesa ou algo desse género. A culpa? TODA do Seu Jorge, que em alguns dos temas parece mais a querer estar a ofender os originais do que propriamente a homenageá-los, cantando de uma forma horrivelmente preguiçosa, a arrastar a voz intoxicada num tom meio mistura de "hey sente só o meu timbre profundo" e "puta-que-pariu cara, tou farto de gravar tantos takes, quero ir jantar porra". Isto passa-se sobretudo nos temas em inglês, com especial incidência no tema do MJ que sinceramente não percebo como todos concordaram que deveria ser incluído no disco. Eu oiço esse tema e penso no Seu Jorge como um concorrente no Ídolos ou uma merda dessas, a ser fortemente enxovalhado tipo um pascoalito qualquer. Este tema nem a instrumentalização sempre no ponto dos Nação Zumbi conseguiu safar.

Não tão horríveis estão as restantes versões em Inglês, apesar de nenhuma me tocar especialmente, a versão do Roy Ayers está uns buracos abaixo do bom, a dos Kraftwerk bof, nem quente nem frio, ouve-se. A melhorzinha acaba por ser um dos meus temas favoritos do disco, a Girl you move me dos Cane and Abel, sublime na execução instrumental e com a felicidade de o Seu Jorge ter preferido emitir uns grunhidos discretos ao invés de resolver cantar. Melhor ainda, a versão instrumental vem incluída neste pacote com vários temas além dos que estão incluídos no CD original.

Nas versões de MPB o Seu Jorge já é um pouco mais aproximado daquilo a que ele nos habituou, ou seja, assumidamente um cantor modesto que sabe não ter a melhor voz do mundo, mas que compensa com o sentimento que debita nas suas interpretações. Versões de artistas bem distintos e diversificados, com o ponto mais alto de toda esta mistela sendo a genialidade dos 3 músicos que acompanham o Seu Jorge neste disco conseguindo fazer tudo parecer muito coerente e coeso.

Se gostam de Seu Jorge pelos trabalhos que ele vos apresentou até agora esqueçam este disco, se não gostam de Nação Zumbi esqueçam este disco, se não suportam momentos desafinados por parte do vocalista esqueçam este disco, mas se são daqueles curiosos que vêem a sua curiosidade mais espicaçada quando lhes desencorajam de fazer algo acabando por fazer exactamente o contrário, então experimentem este disco que podem ficar agradavelmente surpresos.

1. Errare Humano Est (Jorge Ben)
2. Cristina (Tim Maia)
3. Everybody Loves the Sunshine (Roy Ayers)
4. Saudosa Bahia (Noriel Vilela)
5. The Model (Kraftwerk)
6. Tempo de Amor (Vinicius de Moraes e Baden Powell)
7. Tudo Cabe Num Beijo (Altemar Dutra)
8. Pai João (Tribo Massai)
9. Girl You Move Me (Cane and Able) ** Não Tenho Certeza **
10. Rock with you (Michael Jackson)
11. Cirandar (Martinho da Vila)
12. Juízo Final (Nelson Cavaquinho)

Faixas Bónus, não incluídas no CD

13. Reprise da faixa 09, sem vocal
14. Gafieira na Avenida (Eddie)
15. Carimbó (Nação Zumbi)
16. Sonantes - Quilombo Te Espera
17. Solaris
18. Los Sebosos Postizos - 2736 Km




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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

PPP - Abundance

Platinum Pied Pipers voltam com um segundo álbum onde cortam completamente com as participações de rappers amigos que ajudaram a povoar o país dos 3 P no disco de estreia, convenientemente intitulado Triple P, de 2005 (podem encontrar facilmente na blogosfera). Dupla de produtores, Waajeed e Saadiq (não o Raphael), com uma mistura de sonoridades fo-di-da na linha do Jay Dilla, Sa Ra Creative Partners (grupo daquele maluco que postei aqui, o Shafiq Husayn) e outros malucos de Detroit, aliando o antigo funk e soul à batidas boom bap onde qualquer KRS ONE iria sentir-se à vontade, sem colagens forçadas, tudo fluindo naturalmente como se estes jovens fossem centenários conservando o espírito e o coração abertos às sonoridades modernas. O primeiro é muito bom e aconselha-se, mas este segundo arrebatou-me mesmo, é uma rajada de autênticas pedras. Limitaram-se desta vez a um número reduzido de convidados que, participando em todas as músicas, acabam por aparentar fazer parte de um mesmo grupo, os enormíssimos, os incontornáveis, os demolidores, PPP. Façam um favor à vossa colecção de mp3 e adicionem-lhe este disco pois a cena está em braaaaaasaaa.

01. Angel (Feat. Coultrain)
02. Smoking Mirrors (Feat. Karma Stewart)
03. On A Cloud (Feat. Karma Stewart)
04. Luv Affair (Feat. Coultrain)
05. Go, Go, Go (Feat. Jamila Raegan)
06. Sanctuary (Feat. Coultrain & Jamila Raegan)
07. Ain’t No If’s Or Maybes (Feat. Coultrain)
08. Pigeon Hole (Feat. Coultrain)
09. Lovers & Haters (Feat. Coultrain)
10. The Ghost Of Aveiro (Feat. Coultrain)
11. Countless Excuses (Feat. Coultrain)
12. American Pimp (Feat. Neco Redd)
13. Dirty Secrets (Feat. Karma Stewart & Coultrain)
14. Rocket Science (Feat. Coultrain & Karma Stewart)
15. Goodbye/Abundance (Feat. Coultrain) (Hidden Track)



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